sábado, 2 de maio de 2015

Manual de convivência com a acne


Convivência no mínimo educada, um bom dia e um boa tarde já é o suficiente, já que você não suporta olhar pra cara delas. Atenção ao "convivência", e não "sobrevivência".
Você é um adolescente com problemas hormonais, já tentou deixar de comer fritura, alimentos gordurosos, doces. Você toma bastante água, já comprou sabonetes dermatológicos mas não tem dinheiro pra começar um tratamento (porque é muito caro, mesmo). Você evita ao máximo espremer as temidas espinhas; com medo de manchar a pele e ficar com muita deformação, mas uma hora ou outra acaba acontecendo e sua pele acaba ficando sempre cheia de casquinha de sangue seco (eca).
Na verdade esse sou eu, e é difícil viver assim, mas com o tempo a gente ganha sabedoria e experiência suficiente pra lidar com a situação.

1º passo - Aceitação:
Foi difícil admitir mas é isso mesmo; tem uma frase que não gosto muito mas ela se aplica direitinho nessa situação: "O tempo cura". A causa das espinhas (na adolescência), tem a ver com a puberdade, então, até a puberdade acabar ainda vai ter muito caroço crescendo: ACEITE!

2º passo - Alimentação:
Por mais desgostoso que seja (na verdade tem quem goste), deve-se SIM evitar doces, alimentos gordurosos e preferir uma comidinha mais light e verde. Tome bastante água também. O legal é que ninguém precisa saber que você ta mudando a alimentação, e você pode falar que agora está levando um estilo de vida saudável, pode virar vegetariano por um tempo e participar de uma luta política interessante; as pessoas vão te respeitar e admirar tua determinação, você pode atacar de cult/ inteligente/ urban conceitual/ atemporal/ good vibes/ hipster/ indie e cuidar da pele ao mesmo tempo. Sigam esse exemplo:


3º Passo - Jogo de cintura
Agora que você aprendeu o básico, siga essa dica hardcore que exige maestria nas combinações de moda (não). Na verdade, eu costumo apostar nos acessórios.
Se eu estiver usando muita informação, as espinhas serão apenas detalhes, eu gosto muito de óculos e tecidos envolta do pescoço; dependendo da armação, a cor da lente e da estampa do pano, quem vai parar pra olhar PRA ESSA COISA VERMELHA ENORME NA PONTA DO TEU NARIZ.
Deve-se tomar muito cuidado, as estampas/ cores/ armações/ lentes tem de estar em harmonia com toda a montagem do look. Eu prefiro cores neutras como preto, cinza, marrom, bege; essas combinam com a maioria das roupas que tenho. Seja inteligente. O cabelo grande (principalmente se for cacheado) também tira bastante o foco das espinhas.
Na foto eu tô de cara limpa, mas o bom é que na internet ainda dá pra dar uma editada, pensar na iluminação, o melhor ângulo, corrigir as imperfeições, seja criativo.

Infelizmente a vida é assim mesmo, e não tem muito o que se fazer. Encerro com: Se não pode vence-la, junte-se a ela.

#EuSouCristao



Projeto artístico de Gabriel Vasconcelos (meu), o lancei no facebook a uns meses atrás (e isso me faz lembrar que já ta na hora de pensar em coisa nova).
Ainda acho que por si só ele é autoexplicativo, mas, eu gosto de lembrar de onde veio a inspiração para tudo isso:

"Vinde a mim , todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve"
(Mateus 11:28-30)

A ideia do projeto é mostrar que pode-se ter uma vida cristã sem deixar sua personalidade de lado. O próprio Jesus chama todos, TODOS, do jeito que estão para que possam andar com ele, sem olhar para os teus defeitos/ qualidades. Jesus nos chama sem julgamentos, Jesus nos chama com amor de quem sente saudade, e não exige que ninguém mude de uma hora para a outra.
O projeto reúne características próprias de suas personalidades (sem fundamento cristão) e em seguida a tag #EuSouCristão". Confira:

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Cabelo na moda? Cabelo na luta!

Gabriela Alves (minha amiga) pra inspirar vocês.
Cresci ouvindo mpb com meus pais, o repertório era bem variado, e tinha sempre os clássicos: Legião Urbana, Cássia Eller, Rita Lee, Ana Carolina, etc. Entretanto (e isso só fui notar "depois de grande"). Cazuza não fazia parte do repertório (porquê??).
Demorei pra conhecer as maravilhas que eram as musicas dele, a poesia, a voz, as mensagens, o sotaque carioca, gostei de tudo e pouco tempo depois eu estava com uma playlist diária de 15 musicas dele; decidi deixar meu cabelo crescer pra ter as madeixas parecidas com as dele.
Meu cabelo nunca passou de três dedos de comprimento, eu sempre deixei ele bem curtinho e nunca soube como ele era; eu só sabia que ele tinha muito volume, mas não poderia dizer que tinha cachos, também não era crespo e muito menos liso. Foram três árduos mêses de misterio, era a primeira vez que chegava a três dedos sem que eu me preocupasse com corte, o que me torturava era não saber o que vinha por aí.

"No princípio era a cabeça, os fios cresciam sem forma definida."
(VASCONCELOS, Gabs 1:1)

Brincadeiras a parte foi sofrido sim, até que ele cresceu e passei a viver feliz pra sempre (zoa).

Entendido isso vamos ao que interessa: eu passei a ouvir piadinhas horríveis, e não to nem falando das que me mandavam cortar, e sim alisar. Naquela época, cabelo cacheado, armado e fora do padrão era tido como anomalia, era quase que como uma doença. "É por falta de dinheiro? Vamos no cabeleireiro pra eu pagar seu tratamento" (Eu dramatizei demais agora).
Além de eu gostar muito da minha cabeleira (esteticamente), ela teve um papel político muito importante por onde eu passava, mudou o conceito retrógrado de que "cabelo bom" era só o liso. Com o tempo e com conversas descontraídas, sugeri que alguns amigos também experimentassem deixar o cabelo crescer, hoje estão lindos e também usam o cabelo pra lutar contra o racismo.
Pouco tempo depois a mídia trouxe isso pra moda, desconstruiu as muralhas de preconceito que ela mesma criou, tijolo por tijolo.
Mas quando a moda passar, estaremos de pé, eu e meus cachinhos.

Por que criar um blog?


Sempre achei minha vida desinteressante, pelo menos não interessante o suficiente para ter um blog. Poxa que responsabilidade, encontrar algo legal sobre mim pra falar pras outras pessoas, mas o que poderia ser?
O blog nasceu muito tempo antes de nascer, de fato. Na verdade a uns meses ando lendo livros e buscando inspiração; reparar no meu cotidiano era de praxe. O que acontecia a minha volta de tão legal pra eu precisar passar pra alguém??? NADA! essa foi a primeira barreira, eu tenho uma vida comum, estudo, trabalho, ando de trem, metro (e inclusive brigo pra sentar sempre no mesmo lugar).
A criação disso foi movida a necessidades que já tive: um lugar pra falar o que ninguém nunca quer ouvir, uma página que fale sobre cabelo cacheado (para rapazes), algum lugar para divulgar meu trabalho como artista, meu muro de lamentações (eu amo reclamar).
Apesar da vida pacata, já temos assunto, não é mesmo?!

Sobre o autor:
Me chamo Gabriel Vasconcelos, nascido e criado no centro de São Paulo. Cristão, artista. Sempre achei muito vago me apresentar como artista, até porque tem muita gente que diz que é artista só porque participou do BBB (argh!), mas é verdade, to envolvido com teatro a uns 3 anos já, canto, danço, fotografo e desenho. Aos poucos você acompanha isso. Gosto de ler; inclusive já tentou conciliar a leitura de dois livros ao mesmo tempo? é doidera.
Sou militante político de tudo aquilo que problematizo, geralmente preconceitos diários e afins, tento não enlouquecer. Futuro ator, fotógrafo por hobby, amo viajar e to me preparando pra conciliar meus gostos com o pouco dinheiro que vou ganhar se quiser ser ator (de teatro) no Brasil. Gosto de coisas antigas, coisas vintage e tudo mais, exceção para as mordaças, inquisição, tortura, etc.
Vou tentar brincar legal aqui. Até logo.


PS: Não tive foto melhor pra justificar o nome do blog, apesar de que ele estava curto quando cliquei.

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